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Como mãe, sempre temi a fase da adolescência por considerar ser a mais difícil e desafiante de todas. Criei este espaço para podermos partilhar experiências com vista a melhorar a nossa tarefa. Vamos ver o que dá...
Nem sabem o que me aconteceu hoje...
Esta manhã o meu filho tinha uma consulta de cardiologia marcada para as 9:00. A marcação foi para a casa do pai e ele enviou-me uma cópia da carta, por e-mail. Organizei-me para ir com ele - embora para mim seja mais complicado porque não tenho isenção de horário... - e estava lá à hora marcada. Tirei a senha para sermos atendidos na secretaria e qual não é o meu espanto, chegada a nossa vez, quando a senhora que nos atendeu me disse que não havia marcação alguma em nome dele nesta data, nem para a especialidade referida. Liguei ao pai para perceber o que se passava, porque não levei a carta comigo. Ele confirmou que era hoje, dizendo inclusive o nome da médica, o que deixou a funcionária do hospital cada vez mais indignada. A determinada altura eu oiço o nome do hospital e percebo que não é aquele onde me encontrava com o meu filho...
Ups, fui para o hospital errado. Distraída como sou - sim, eu não tão sou perfeita como gostaria, nem como os outros me julgam -, nem abri o ficheiro anexo ao e-mail, que o pai do meu filho me tinha enviado, e não vi que o hospital era diferente do habitual. Ele tem tido todas as consultas no mesmo hospital - no outro teve apenas as consultas que tiveram a ver com as duas operações que já fez -, por isso nem me passou pela cabeça que não fosse ali. No momento fiquei furiosa, acima de tudo comigo, mas como qualquer ser humano imperfeito, que se preze, descarreguei nele dizendo que sabe como eu sou e nem assim me ajudou. É claro que objetivamente a responsabilidade é toda minha, mas nestes momentos alivia dizer disparates e tentar pôr no outro a responsabilidade do erro que acabamos de cometer.
Enfim, agora é tentar remarcar a consulta e rezar para que não demore muito tempo.
Mãe que é mãe gostaria de ser perfeita, mas não é, lamentavelmente, ou talvez não!
Hoje estamos no dia do pijama... Pijama; filmes; séries juvenis; jogos e algum estudo, porque tem que ser - semana de inicio de testes. Há ainda um helicóptero - Lego Tecnic - para construir, mas ainda não reunimos vontade suficiente para iniciar esta aventura (são sacos e saquinhos de peças e um livro de instruções que quase parece um romance)... Vai ser trabalho e tanto, com concentração, para que nada falhe e no final fique top!
Quando a obra estiver concluída - sabe Deus quando - mostramos o resultado, que sará em tudo semelhante/igual e este:
Ser mãe é o maior de todos os desafios e nesta condição somos postas à prova diariamente.
Há uns dias fui com o meu filho ao dentista. Ele já entra sozinho desde os 4 anos - com pouco mais de uma ano caiu e entortou um dos dentes da frente (um dia destes conto-vos esta história) e desde então faz visitas regulares ao dentista de 6 em 6 meses - mas desta vez, a determinada altura, vieram, lá de dentro, dizer-me que lhe iam extrair um dente de leite que não caía, apesar do definitivo já ter nascido. Ainda perguntei discretamente se podia entrar mas ouvi um "não é preciso, está tudo bem", muito simpático que me deixou angustiada, por ver ainda o meu filho como um bebé. Coração de mãe sofre…
Para ele, percebi depois, estava de facto tudo bem, mas eu fiquei com o coração apertadinho, a imaginá-lo sozinho, naquele cenário… Saiu sorridente a contar a novidade. Quando lhe disse que cheguei a pedir para entrar e resposta foi pronta: “Tu querias entrar? Para quê? Não ias aguentar ver arrancarem-me o dente, és uma exagerada, ias fazer cenas.”
Sorri e concordei… Tem 11 anos e já me conhece tão bem. Sou tão previsível para ele!
Divido o meu filho com o pai - guarda partilhada - acima de tudo porque ele assim quis. Sei que ama os dois de igual forma e gosta de cada um de nós tal como é, aproveitando o que, de melhor, cada um tem para lhe dar - somos pais com formas de ser e estar na vida diferentes, mas que, em relação a ele, nos complementamos, o que para o nosso filho considero ser uma mais valia - e vivendo intensamente todos os momentos que passa com cada um de nós individualmente.
Oiço muitos pais, especialmente mães, dizerem que não se imaginam distantes dos filhos e que se tal acontecesse iriam sofrer horrores. Pois eu, tento sempre sofrer o menos possível com as adversidades da vida, enfrentando-as, e no que respeita à partilha do meu filho, recuso-me sofrer. Sei que é o que ele quer, dadas as circunstâncias, e sei que está bem, porque confio no pai dele e não duvido que faça de tudo para ser o melhor que sabe e pode, tal como eu. Nos dias em que está comigo, ele é a minha prioridade e fazemos tudo em conjunto; nos dias em que está com o pai, aproveito para cuidar de mim, da casa e para fazer o que mais gosto, nomeadamente estar comigo. É assim que encontro o meu equilibro e lido bem com as ausências físicas dele (está sempre no meu coração).
Não temos o hábito de falar com ele ao telefone, quer eu, quer o pai, quando ele está com o outro, o que considero saudável, porque não lhe cria ansiedade nem alimenta a saudade. Como confiamos um no outro (acho que posso falar pelos dois, com propriedade), fazemos o que achamos ser o melhor e até agora parece ter resultado porque temos um rapazinho saudável e feliz, com uma boa auto estima e bem resolvido quanto à separação dos pais.
Fico feliz por perceber que ele está bem, que se ama e se sente muito amado por nós, apesar das circunstâncias!
No passado sábado, o "senhor cá de casa" pediu-me omelete para o pequeno almoço. Eu que nem sou dessas coisas - não sou uma mãe nada funcional... se quer, vá e faça -, excecionalmente resolvi ceder e fiz ovos mexidos. Ele adorou dizendo que o meu grande talento na cozinha está em cozinhar ovos - imaginem como estou bem cotada para o meu filho. Quando se despediu de mim, para ir com o pai, voltou a realçar o facto.
No domingo encontramo-nos, como sempre, na catequese e ele contou-me que tinha feito uma omelete de queijo e fiambre na casa do pai e este afirmou ser a melhor que já tinha comido.
Ontem resolvi surpreendê-lo e programei, para o jantar, omelete mista com arroz. Pus o mini chef a cozinhar.
Ajudei, fazendo o arroz e correu muito bem. Ele gostou e eu agradeço porque ainda não me compatibilizei com a cozinha.
Temos que os incentivar, porque é este o futuro dos nossos filhos!
Depois da minha "celebre" frase: "Eu viro onça", que me podia ter corrido muito mal, surgiu a versão filho: "Eu viro tigre", utilizada vezes sem fim, sempre que quer mostrar descontentamento, ou apenas e só porque sim, quase sempre em tom de brincadeira.
É o que faz ter um filho que tem resposta para tudo, gosta que a última palavra seja a sua e tenta ter sempre razão. Este lado dele nem sempre é fácil e por vezes cansa-me, mas, honestamente, fico feliz por perceber que ele tem opinião própria sobre as coisas e que se tenta afirmar. Ele lembra-me uma pessoa teimosa que conheço desde sempre. Quem sai aos seus...
Não sei se acontece convosco, mas deitar um rapazinho de 11 anos até às 10 horas da noite, porque no dia seguinte tem que estar na escola às 8:30 da manhã, é obra... É sempre a mesma conversa: "Mãe, deixa-me só acabar de ver este episódio da minha série preferida" (e nem dizer-lhe que a box permite ver o que deu na televisão nos últimos sete dias ajuda); "Mãe tenho fome, deixa-me comer qualquer coisinha antes de ir dormir"; "Mãe, tenho sede, tenho mesmo que ir beber água" (com dois problemas num rim e a necessidade de beber muita água, este argumento cola sempre)...
Esgotada a lista de desculpas para adiar o momento de ir dormir e quando já me estou a passar com ele, vem a frase da "manipulação" que deita por terra toda a minha raiva momentânea... "Mãe adoro-te, és a melhor mãe do mundo".
Respondo: "Sim, tens razão, mas agora toca a dormir antes que tudo se complique..."
Aí, vencido também pelo cansaço de um dia longo, sem parar, sossega e adormece.
É nesse momento que olho para ele, sorrio e penso... Como é lindo o meu, ainda e sempre, bebé (dizê-lo já quase não me é permitido, a não ser na intimidade do lar, mas confesso que olho para ele e é assim que ainda o vejo... o meu bebé).
Na manhã seguinte, com a dificuldade em acordar - embora ele acorde sempre bem disposto -, é hora do sermão de mãe e de o fazer perceber a exigência da noite anterior. Fica registada então a promessa de que hoje será diferente... mas à noite, tenta repetir a cena. Fico stressada, chateio-me com ele, mas penso e percebo que isto é ser criança, pré adolescente... tentar esticar a corda e manipular, no bom sentido, para atingir os seus objetivos. Quem não é, ou nunca foi assim???
É bom, apesar do stress, vê-lo crescer!
Quem nossos filhos ama, nossa boca adoça e é bem certo, mas o contrário também é verdadeiro.
No outro dia, a conversar com o meu filho, disse-lhe que até suporto que me façam mal e tento não me incomodar muito com isso, mas se, de alguma forma, lhe fizerem mal a ele, eu viro onça.
Ele achou piada e agora diz-me isso sempre que se lembra e considera ser oportuno. O problema é que ele percebeu que eu estava a falar a sério - já dei provas disso -, de tal forma que temo que ele deixe de me contar certas coisas com medo que eu me passe da cabeça e possa fazer algo que o envergonhe.
Para tentar contornar a situação e não melindrar a confiança que tem em mim, digo-lhe que nunca farei nada sem antes conversarmos e sem ter a sua aprovação, especialmente no que respeitar a "problemas" na escola. Acho que ele acreditou, porque a confiança que tem em mim é grande, tal como a que eu tenho nele. Vamos ver o que acontece na prática!
O meu sentimento deve ser comum à maioria dos homens e mulheres que têm filhos… que orgulho tenho em ser mãe, ter um filho por quem daria a vida se preciso fosse. Depois de mim mesma, é a pessoa que mais amo.
Ensino-o desde sempre que tem que se amar e ser a pessoa mais importante da sua vida, porque só dessa forma vai saber amar e respeitar todos os outros. Ele já entende isto perfeitamente e testa-me quando me pergunta quem são os meus melhores amigos. Respondo à sua pergunta enumerando-os e oiço de imediato: “errado mamã, a tua melhor amiga és tu, não sabes isso?”
Claro que sim, filho, tens toda a razão… estava distraída – respondo prontamente. E ele continua: “Tu és a pessoa mais importante da tua vida e a tua melhor amiga, não te podes esquecer disto.”
Pois é, não adianta tentar passar valores aos filhos e ensinar-lhes coisas bonitas, se não somos o exemplo vivo do que apregoamos. A melhor forma de educar é através do exemplo, porque as palavras leva-as o vento e quem diz uma coisa mas faz outra completamente diferente, não tem moral para exigir. Embora o possa sempre fazer, o efeito pode não ser o esperado.
A educação na base do “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço” resulta cada vez menos. Hoje, educar já não é como antes, como os nossos pais fizeram connosco já não resulta, e se queremos filhos educados, física e emocionalmente saudáveis, temos que nos adaptar à realidade e agir de forma mais eficaz.
Preparar uma criança para viver saudável e feliz é um desafio diário e constante, dá muito trabalho, é uma grande missão, mas eu ainda acredito que vale a pena e o resultado pode ser muito positivo. Importante é não desistir!
Nada acontece por acaso...
Ontem, ao criar este blog pensei que a data não era especial, não tinha qualquer significado mas iria passar a ter, para mim.
Hoje ao visitar o facebook vi uma publicação que dizia ser este o dia do Vicente, em homenagem ao santo com este nome. Sorri e fez sentido para mim, eu que procuro um sentido para tudo... Hoje é o teu dia, filho!
Amo-te!!!